Capa do álbum Virgem (1987)
A canção é Eu Preciso Dizer Que Te Amo, escrita a seis mãos por Cazuza, Bebel Gilberto e Dé Palmeira (o Sapo, do Barão original). A filha de João e Miúcha (que DNA é esse...) a incluiu em um disco de 1986, sem grande estardalhaço.
Foi Marina Lima quem catapultou letra e melodia ao sucesso, no álbum Virgem (lindo) de 1987. Mesmo deletando trechos do texto original, uma gravação memorável.
Só depois ficamos sabendo de uma certa gravação original, em fita cassete. O local da criação foi uma propriedade da família de Cazuza, em Fazenda Inglesa, Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro. Sobre isso, o site Por Acaso (clique aqui para ler o texto na íntegra) registrou, de viva-voz dos compositores:
Cazuza, Bebel e Dé
“O processo de criação foi espontâneo. Essa música foi muito especial. Era como se o Cazuza estivesse sentado aqui e, por acaso, o violão estivesse ali. A gente começou a cantar, e o canto virou uma música. Não foi aquela coisa de sentar e fazer [a música] (…) A gente estava em frente a lareira da casa, e ela saiu como um filho (…) em 40 minutos”, relembrou a cantora para o livro Eu Preciso Dizer Que Te Amo – Todas as Letras do Poeta (2001) de Lucinha Araújo, mãe de Cazuza, em depoimento à jornalista Regina Echeverria.
Bebel, Dé, Cazuza e Marina Lima: homenagens no 1o Prêmio da Música Brasileira (1988)
Dé recorda que quando chegava nessa frase a música não seguia. “Desentalar esse osso da minha garganta é muito punk. Eu pensei em fazer um blues com essa frase, mas o resto da música é muito romântico”, disse o baixista em um especial para o Canal Bis em 2013.
Assista ao episódio da série Por Trás da Canção sobre a música
Ele conta ainda que o Cazuza bem tranquilo respondeu, “pô, porque
você não me falou isso antes, cara, peraí”, e subiu para o quarto e em
cinco minutos desceu com a nova letra batida a máquina, já com o novo
refrão “eu preciso dizer que te amo, te ganhar ou perder sem engano, eu
preciso dizer que te amo tanto”. “Ele foi ferino, certo e exato nessa
frase. Essa música é o nosso standard. Ela é linda! Eu acho que tinha
algum deus ajudando a gente ali, naquele ambiente, naquela casa… Foi
tudo certo”, avalia Dé.
E num é que é mesmo?
Clique para ouvir a versão original com Cazuza, Bebel e Dé
Pesquisa: Robson Leite



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