A HISTÓRIA DE "BILLIE JEAN": Realidade ou ficção?

A canção todo mundo lembra. Uma das várias faixas que bombaram a partir do lançamento de um álbum eterno - "Thriller", de 1982, a obra-prima de Michael Jackson. "Billie Jean" foi o primeiro videoclipe produzido. Me lembro de lançamento no Fantástico (naquele tempo não havia MTV no Brasil e era o dominical da Globo o principal divulgador de clipes). 

Fiquei absolutamente hipnotizado por ela. Quem é da época lembra bem do impacto que foi.




Há quem diga que Quincy Jones, o produtor do disco, não queria incluí-la no álbum e que isso só teria sido possível graças ao esforço de Jackson. Outros afirmam que os dois discordavam somente sobre o título, e que Jones chegara a pedir que ela se chamasse "Not My Lover" - algo a ver com evitar alguma polêmica com a tenista Billie Jean King, que brilhava naquele ano.


Michael Jackson e Quincy Jones: parceria milionária

Mas há outra polêmica. Bem mais forte.

Basicamente, a letra  fala de uma garota de nome Billie Jean que aborda o artista, dizendo que ele é pai do filho dela, o que ele nega: "Billie Jean is not my lover /She's just a girl who claims that I am the one/But the kid is not my son . 

Michael costumava dizer que esta era uma música feita para as "groupies" - fãs que vivem perseguindo artistas de sucesso, muitas vezes determinadas a explorar seus ídolos financeiramente - e que constantemente se insinuavam a ele e aos irmãos ainda no tempo do Jackson 5. Uma canção genérica, segundo o rei do pop. 

Mas inúmeras publicações já expuseram que "Billie Jean" é baseada em um caso verídico - acontecido com o próprio Michael. 

Capa do álbum "Thriller", o mais vendido na história da indústria fonográfica: 
mais de 30 milhões de cópias só nos Estados Unidos. "Billie Jean" é a faixa 2 e foi o primeiro a ser lançado como single após o lançamento do disco



O site SongFacts conta a seguinte história:

"Jackson baseou-se em uma mulher que costumava persegui-lo, escrevendo-lhe cartas sobre um filho que pensava ser dele. Jackson raramente falou sobre esta mulher, mas ele teve dificuldade em lidar com essa atenção indesejada, e ele se tornou mais recluso como resultado. A música era sua maneira de expressar seus sentimentos sem dirigir-se a ela diretamente.

Enquanto Jackson não dava muitos detalhes sobre a real Billie Jean, seu produtor Quincy Jones disse que Jackson achou a mulher um dia descansando em sua piscina com um maiô e óculos de sol. Segundo Jones, ela acusou Jackson de ser o pai de um de seus gêmeos, o que Jones achou muito engraçado." clique aqui para ler o texto original

Fã e biografo de Michael Jackson, John Randall Taraborrelli confirmou a versão e disse ainda que a mulher lhe escrevia tantas cartas, que fazia o popstar ter pesadelos. Mais tarde, consta, descobriram que ela era louca e que fora internada em um sanatório. 
 

 A capa do single de Billie Jean


Mas Jackson sempre negou. Inegável mesmo é que a música mudou para sempre o panorama do pop no mundo inteiro. 

Há outras duas situações interessantes ligadas a performance de Michael e sua "Billie Jean": 

A primeira foi numa apresentação ao vivo da música, em 1983, que ele fez a plateia desabar com o célebre passinho chamado posteriormente de moonwalk (passo da lua). Isso rolou na festa de aniversário de 25 anos da Motown, gravadora que lançou ele e os irmãos assista à apresentação histórica de Billie Jean;

A outra foi terrível: em 1984, a Pepsi patrocinava uma turnê dos Jacksons e os caras prepararam uma versão da música especialmente pra ocasião. Um comercial estava sendo preparado. Michael dançava para uma plateia gigante. A filmagem era demorada, muitos detalhes e takes. Na sexta tomada em que ele sobe ao palco, numa explosão de fogos de artifício fora do tempo, fagulhas atingiram o cabelo de Michael, que pegou fogo. Ele teve queimaduras de segundo e terceiro graus. O acidente foi registrado em vídeo (clique aqui para ver).


Pesquisa: Robson Leite 

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