Fundador do movimento Clube da Esquina ao lado de ícones da música em Minas, ele assina clássicos inesquecíveis. Um deles é Paisagem da Janela, uma parceria com Fernando Brant que está no álbum duplo Clube da Esquina (1972).
É a primeira faixa do disco 2.
Vejo uma igreja, um sinal de glória
Vejo um muro branco e um vôo pássaro
Vejo uma grade, um velho sinal
Quando eu falava dessas cores mórbidas
Quando eu falava desses homens sórdidos
Você não escutouVocê não quer acreditar
Mas isso é tão normal
Você não quer acreditar
E eu apenas era
Cavaleiro marginal lavado em ribeirão
Cavaleiro negro que viveu mistérios
Cavaleiro e senhor de casa e árvores
Sem querer descanso nem dominical
Cavaleiro marginal banhado em ribeirão
Conheci as torres e os cemitérios
Conheci os homens e os seus velórios
Quando olhava da janela lateral
Do quarto de dormir
Lô e Brant: parceria perfeita |
Muita gente não acredita. A lenda de Diamantina é forte. Mas quem
me confirmou a história foi o irmão mais velho de Lô, o grande maestro, pianista
e arranjador Marilton Borges, vizinho aqui de Santa Tereza - bairro boêmio de BH, berço do clã Borges e endereço do Clube famoso. Fernando Brant apresentou essa mesma versão numa entrevista ao jornal Folha de São Paulo em 2002 (clique aqui para ler).
Fernando Brant faleceu em 2015, deixando vasto material poético que eu prometo explorar em todos os bastidores, pros amigos e amigas do blog.
Então, de hoje em diante, toda vez que você de BH ouvir os versos Da janela lateral, do quarto de dormir/Vejo uma igreja, um sinal de glória... já pode dizer - "pô, alá: ele tá falando da Igreja de Lourdes!"
Que lindeza, obrigada !
ResponderExcluirSempre quis saber qual é a verdadeira paisagem da janela
ResponderExcluirGratidão em saber sobre a nobreza desta letra!
ResponderExcluirGostei de saber. Uma coisa é certa: tem muita história por trás das palavras da canção.
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